Dengue – É preciso prevenir!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



Importância da participação ativa de todos os setores da sociedade
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O controle da dengue exige um esforço de todos os profissionais de saúde, gestores e população. Não se combate a dengue sem parcerias. É preciso envolver outros setores da administração do município, como limpeza urbana, saneamento, educação, turismo, meio ambiente, entre outros.
É importante lembrar que, para se reproduzir, o mosquito Aedes Aegypti se utiliza de todo tipo de recipientes que as pessoas costumam usar nas atividades do dia-a-dia: garrafas e embalagens descartáveis, latas, pneus, plásticos, entre outros. Estes recipientes são normalmente encontrados a céu aberto, nos quintais das casas, em terrenos baldios e mesmo em lixões.
É preciso que as ações para o controle da dengue garantam a participação efetiva de cada morador na eliminação de criadouros já existentes ou de possíveis locais para reprodução do mosquito.

Levantamento Rápido de Índices de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa)

Uma das atividades para prevenção da dengue é o Levantamento Rápido de Índices de Infestação do Aedes Aegypti (LIRAa). Esse levantamento é amostral, ou seja, não há necessidade de todas as casas serem visitadas. O resultado deste é índex de infestação predial e são divididos da seguinte forma:

inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias;
de 1% a 3,9%: estão em situação de alerta;
superior a 4%: há risco de surto de dengue.

Após esse levantamento é possível saber onde os mosquitos estão se desenvolvendo mais: se em locais de abastecimento de água, se em depósitos domiciliares, lixo, etc. A coordenação das equipes de saúde deve ter acesso aos resultados do LIRAa, para que possa organizar a rotina das visitas domiciliares de seus agentes, programar mutirões de limpeza urbana e promover ações de prevenção e combate à dengue.
As amostras para análise e referenciamento do LIRAa geralmente são coletadas pelos Agentes de Controle de Endemias, parceiros importantes no combate da doença.

Cuidados fora de casa

Limpar as calhas e lajes das casas. Se houver piscina, lembrar aos
moradores de que a água deve ser sempre tratada.
Manter recipientes/locais de armazenamento de água, como
caixas d’água, poços, latões e tambores, bem fechados.
Guardar garrafas vazias de boca para baixo.
Eliminar a água acumulada em plantas, como bambus, bananeiras,
bromélias, gravatás, babosa, espada de São Jorge, dentre outras.
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O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue

Entregar pneus inutilizados para a equipe de limpeza pública, ou orientar a quem quiser conservá-los que o faça em locais protegidos da água da chuva.
Verificar se existem pneus, latas ou qualquer outro objeto que possa acumular água nos terrenos baldios.
Identificar, na vizinhança, a existência de casas desocupadas e terrenos vazios, e localizar os donos para verificar se existem criadouros do Aedes aegypti.

Cuidados dentro de casa

Evite, sempre que possível, o uso de pratos nos vasos de plantas. Caso opte por sua utilização, não deixe acumular água neles e nos xaxins. Coloque areia, preenchendo o prato até sua borda, ou lave-o, semanalmente, com esponja ou bucha e sabão, para eliminar completamente os ovos do mosquito.
Lave os bebedouros de animais com escova, esponja ou bucha, e troque a água pelo menos uma vez por semana.
Não deixe qualquer depósito de água aberto (ex.: potes, tambores, filtros, tanques
e outros). Como o mosquito é bem pequeno, qualquer fresta, neste tipo de depósito, é suficiente para a fêmea conseguir colocar ovos e iniciar um novo ciclo.

Cuidados com o lixo

Não jogar lixo em terrenos baldios.
Manter o lixo tampado e seco até seu recolhimento.
Tampar as garrafas antes de colocá-las no lixo.
Separar copos descartáveis, tampas de garrafas, latas, embalagens plásticas, enfim, tudo que possa acumular água. Fechar bem em sacos plásticos e colocar no lixo.
O acondicionamento e o destino adequado do lixo são problemas que atingem toda a população, tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais.
Ao orientar os moradores para selecionar os recipientes e guardá- los de forma adequada, você contribui para evitar que sejam jogados em rios ou deixados a céu aberto, trazendo outros problemas para a comunidade (como foco de ratos e de outros animais, entupimento de bueiros, dentre outros).
A educação em saúde e a participação comunitária devem ser promovidas para que a comunidade adquira conhecimentos e consciência do problema, e possa participar efetivamente.
Discuta com a comunidade as possibilidades de novos destinos para o lixo reciclável.

Essas medidas contribuem para evitar a reprodução
do mosquito da dengue e para tornar os
ambientes saudáveis.

Devemos todos investir numa nova concepção e relação com o meio ambiente, na construção da consciência ambiental. Existem muitos projetos de reaproveitamento/reciclagem de lixo, que podem e devem ser envolvidos para contribuir no controle da dengue. Você também deve estimular a comunidade a ajudar
instituições que recolhem vidros, latas e embalagens de plástico. Eles podem ser vendidos em usinas de reciclagem.
 





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