Os riscos da automedicação
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Dizem que "de médico e louco todo mundo tem um pouco" e acredito que no Brasil, com relação ao fato de todos se sentirem um pouco "médicos", esta frase encontra sua expressão máxima. O brasileiro é "mestre" em se medicar e, como se não bastasse, também em medicar os pais, filhos, tios, primos, vizinhos, É muito comum vermos alguém utilizando o mesmo remédio que o irmão ou vizinho, em casos de gastrite, pressão alta, tratamento da obesidade.
Especula-se muito em torno
do baixo poder aquisitivo da população como um estímulo à automedicação. O
cidadão que não tem condições financeiras de adquirir um plano de saúde ou
procurar um médico "particular", assustado com a morosidade do
sistema público de saúde, que provavelmente não resolverá seu problema em tempo
hábil, parte para o recurso do uso de medicamentos indicados por leigos, sem
nenhuma orientação médica. Porém, a baixa renda e o baixo nível de organização
do sistema de saúde no Brasil não explicam, por si só, o fenômeno da
automedicação, que ocorre também nas camadas privilegiadas da população.
No mundo inteiro é cada vez
maior o número de reações adversas a medicamentos e a maior parte dos casos,
ocorre em indivíduos que realizam a automedicação. Nos EUA, em 1999, foram
registradas 120 mil internações hospitalares decorrentes do uso inadequado dos
medicamentos. No Brasil, a intoxicação por medicamentos é uma das ocorrências
mais comuns em casos de automedicação. Dados do Centro de Assistência
Toxicológica (Ceatox) da USP ( Universidade de São Paulo), apontam que dos
3.211 casos de intoxicação registrados em 1998, 40% foram provocados por
medicamentos.
Se levarmos em conta que "todo medicamento é um veneno em potencial, dependendo da dose" (Paracelsus), poderemos avaliar por alto , o risco a que nos expomos diariamente, quando realizamos a automedicação. Todo medicamento tem seus efeitos colaterais e a prescrição médica é individualizada para as características de cada paciente. Alguns antigripais, por exemplo, são perigosos para indivíduos com insuficiência coronariana; alguns medicamentos para hipertensão são contra indicados para pessoas com asma; antiinflamatórios e/ou analgésicos podem diminuir o efeito de anticoncepcionais ou causar úlcera gástrica e assim sucessivamente.
Se levarmos em conta que "todo medicamento é um veneno em potencial, dependendo da dose" (Paracelsus), poderemos avaliar por alto , o risco a que nos expomos diariamente, quando realizamos a automedicação. Todo medicamento tem seus efeitos colaterais e a prescrição médica é individualizada para as características de cada paciente. Alguns antigripais, por exemplo, são perigosos para indivíduos com insuficiência coronariana; alguns medicamentos para hipertensão são contra indicados para pessoas com asma; antiinflamatórios e/ou analgésicos podem diminuir o efeito de anticoncepcionais ou causar úlcera gástrica e assim sucessivamente.
A Organização Mundial de
Saúde (OMS) reconhece a automedicação como um problema até certo ponto
inevitável e em estudo datado de 1986, aponta os riscos inerentes, aos quais
devemos estar atentos
Se todos tivessem alguma noção dos riscos da
automedicação, certamente não conviveríamos com este tipo de prática na
população.
Funções
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• diagnóstico incorreto do distúrbio
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• retardamento do reconhecimento do distúrbio com possível
agravemento
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• escolha de terapia inadequada
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• administração incorreta do medicamento
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• dosagem inadequada ou excessiva
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• uso excessivamente curto ou prolongado
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• risco de dependência
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• possibilidade de efeitos indesejados sérios
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| • possibilidade de reações alérgicas |
• desconhecimento de possíveis interações com outros
medicamentos
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• armazenamento incorreto ou excessivamente longo dos
medicamentos
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