Apneia do sono pode causar arritmia cardíaca

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011



Sonolência diurna, acordar cansado, ter perda de concentração e sentir-se estressado são alguns dos sintomas de uma noite mal dormida. Mas, estas não são as maiores complicações, afinal, estudos recentes mostram que distúrbios do sono podem causar até problemas cardíacos. Principalmente pessoas que sofrem de apneia, que se caracteriza por pequenas interrupções durante o sono, em que se fica alguns minutos sem respirar e depois volta ao normal, devem ficar atentos à qualidade do sono.

Fatores como idade acima de 40 anos, obesidade, consumo de bebidas alcoólicas e cigarro aumentam o risco deste distúrbio. Com o crescente número de obesos em consequência da má alimentação e do sedentarismo que vemos hoje, o número de pessoas afetadas por esta doença também aumenta. “A apneia afeta 5% de indivíduos com idade entre 40 e 65 anos. 50% dos pacientes com apneia são obesos e também existe uma prevalência maior em homens.”, comenta o Dr. Camillo Junqueira, chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas Mário Lioni.

Ao dormir, há um relaxamento da musculatura, então é muito frequente roncar. É um sinal de apneia se a pessoa está roncando e de repente faz um silêncio, este silêncio é porque a garganta fechou, é uma parada respiratória. A obstrução das vias respiratórias faz com que o organismo necessite de uma força maior para que o ar chegue até o pulmão e possa ser distribuído para o organismo, o que obriga o coração a bombear o sangue com mais força ou rapidez e que pode gerar a arritmia. “Roncos testemunhados, despertares abruptos, cansaço progressivo, sonolência durante o dia, déficit de memória e labilidade de humor são alguns dos sintomas que devemos nos ater.”, diz o médico.

Pacientes que apresentam esses indícios devem fazer o exame de polissonografia, que consiste no monitoramento do sono para observação de quantidade de oxigênio, intensidade do ronco e número de paradas respiratórias por hora. Até cinco episódios por hora é considerado normal. De cinco a 15, é grau leve, e de 15 a 30, moderado. Acima de 30, a síndrome é grave. “Existem tratamentos através de mascaras faciais ou nasais. Pode ser necessário em alguns casos a realização de cirurgia de vias aéreas superiores para melhorar a passagem do ar.”, explica o especialista.

Não é porque você tem apneia que vai desenvolver uma arritmia cardíaca. Mas, Dr. Camillo Junqueira alerta que todos os indivíduos que apresentam apneia, mesmos as leves, podem desencadear a doença cardíaca. “A melhora no quesito sono é muito importante, pois, sem dúvida, diminui o risco de desenvolver arritmias.”, diz.

Além da arritmia, a apneia do sono também está ligada ao aumento da incidência de hipertensão arterial. A disfunção ainda aumenta o risco de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes. Fora isso, um sono conturbado pode diminuir a liberação de uma substância chamada leptina, responsável pela saciedade. Ou seja, a pessoa come mais durante o dia, piorando as chances de se tornar obesa. “Para se prevenir da apneia do sono é importante o controle do peso, a não ingestão de álcool e na hora de dormir, procurar manter a posição de decúbito lateral para evitar a queda de língua e obstrução das vias aéreas superiores. Indivíduos com problemas de vias aéreas superiores devem realizar tratamento com otorrinolaringologista e até cirurgia, se necessário.”, alerta o médico.

O sono é uma atividade essencial para manter a saúde e melhorar a qualidade de vida. É considerado um período importante de repouso para o corpo e para mente. Mas, para muitos a realidade não é essa, a apneia obstrutiva é responsável por acabar com o sono tranqüilo e gerar diversos problemas de saúde e sociais. Por isso, é bom ficar atento aos primeiros sintomas e as formas de tratamento.

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Os riscos da automedicação

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

 
 
 
O ato de se medicar sem a devida orientação ou prescrição médica, constitui o que chamamos de AUTOMEDICAÇÃO




Dizem que "de médico e louco todo mundo tem um pouco" e acredito que no Brasil, com relação ao fato de todos se sentirem um pouco "médicos", esta frase encontra sua expressão máxima. O brasileiro é "mestre" em se medicar e, como se não bastasse, também em medicar os pais, filhos, tios, primos, vizinhos, É muito comum vermos alguém utilizando o mesmo remédio que o irmão ou vizinho, em casos de gastrite, pressão alta, tratamento da obesidade.
Especula-se muito em torno do baixo poder aquisitivo da população como um estímulo à automedicação. O cidadão que não tem condições financeiras de adquirir um plano de saúde ou procurar um médico "particular", assustado com a morosidade do sistema público de saúde, que provavelmente não resolverá seu problema em tempo hábil, parte para o recurso do uso de medicamentos indicados por leigos, sem nenhuma orientação médica. Porém, a baixa renda e o baixo nível de organização do sistema de saúde no Brasil não explicam, por si só, o fenômeno da automedicação, que ocorre também nas camadas privilegiadas da população.
No mundo inteiro é cada vez maior o número de reações adversas a medicamentos e a maior parte dos casos, ocorre em indivíduos que realizam a automedicação. Nos EUA, em 1999, foram registradas 120 mil internações hospitalares decorrentes do uso inadequado dos medicamentos. No Brasil, a intoxicação por medicamentos é uma das ocorrências mais comuns em casos de automedicação. Dados do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) da USP ( Universidade de São Paulo), apontam que dos 3.211 casos de intoxicação registrados em 1998, 40% foram provocados por medicamentos.

Se levarmos em conta que "todo medicamento é um veneno em potencial, dependendo da dose" (Paracelsus), poderemos avaliar por alto , o risco a que nos expomos diariamente, quando realizamos a automedicação. Todo medicamento tem seus efeitos colaterais e a prescrição médica é individualizada para as características de cada paciente. Alguns antigripais, por exemplo, são perigosos para indivíduos com insuficiência coronariana; alguns medicamentos para hipertensão são contra indicados para pessoas com asma; antiinflamatórios e/ou analgésicos podem diminuir o efeito de anticoncepcionais ou causar úlcera gástrica e assim sucessivamente.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a automedicação como um problema até certo ponto inevitável e em estudo datado de 1986, aponta os riscos inerentes, aos quais devemos estar atentos

Funções
• diagnóstico incorreto do distúrbio
• retardamento do reconhecimento do distúrbio com possível agravemento
• escolha de terapia inadequada
• administração incorreta do medicamento
• dosagem inadequada ou excessiva
• uso excessivamente curto ou prolongado
• risco de dependência
• possibilidade de efeitos indesejados sérios
• possibilidade de reações alérgicas
• desconhecimento de possíveis interações com outros medicamentos
• armazenamento incorreto ou excessivamente longo dos medicamentos
Se todos tivessem alguma noção dos riscos da automedicação, certamente não conviveríamos com este tipo de prática na população.

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