A Educação Popular e Saúde

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A opção por qualquer um desses enfoques depende, evidentemente, daposição de cada um a respeito do que considera social e politicamente relevante e cientificamente fundamentado. Mas na vida nem sempre uma opção exclui totalmente as outras. A não-medicalização de certos problemas humanos é um dos exemplos de possível aproximação entre os enfoques de desenvolvimento pessoal e radical. Alguns dos esforços cen trados no ensino de atitudes para proporcio nar saúde são motiva dos pelo desejo de libertar as pessoas da dependência dos médicos e de capacitá-las a fazer coisas que prova velmente farão melhor do que (ou tão bem como) por meio dos profissio nais de saúde. A luta contra a medicalização aparece no enfoque radical relacionada ao desenvolvimento da consciência sobre as condições que estão como se diz no jargão nos "limi tes do setor Saúde".
A educa ção popular e saúde é outro dos enfoques que, a nosso ver, traz ele mentos da sínte se aponta da no pará grafo ante rior. Mas, como observa Eymard Vasconcelos, trata-se menos de uma teoria do que de uma reflexão que se desenvolve a partir de práticas diversas, ao longo dos últimos 30 anos(VASCONCELOS, 2001). Não por acaso o autor denomina a educação popular e (em) saúde como um movimento social de profissionais, técnicos e pesquisa do resempenha dos no diálogo entre o
conhecimento técnico-científico e o conhecimento oriundo das experiências e lutas da população pela
saúde.
O adjetivo popular presente no enfoque da educação popular e saúde não se refere ao público, mas à perspectiva política com a qual se trabalha junto a população, o que significa colocar-se a serviço dos interesses dos oprimidos da sociedade em que vivemos, pertencentes às classes populares, bem como de seus parceiros, alia dos e amigos. A educação popular considera que a opressão não é apenas dos capitalis tas sobre os assalariados e os trabalhadores em geral; mas tam bém a opressão sobre a mulher, os homossexuais, os indígenas, os negros. (VASCONCELOS, 2003).
"Educação Popular não é veneração da cultura popular. Modos de sentir, pensar e agir interagem permanentemente com outros modos diferentes de sentir, pensar e agir. Na formação de pessoas mais sabidas, devem ser criadas oportunidades de intercâmbio de culturas. E as pessoas mudarão quando deseja rem mudar e quando tive rem condições objetivas e subjetivas de optarpor um outro jeito de viver. Certamente, não pre tende formar pessoas mais sabidas, quem tenta impor uma cultura pretensamente superior. Mas também é muito conserva dor quem, desejando preservar um modo popular idealizado de viver, deseja parar o mundo, privando as pessoas e grupos do contato com outras pessoas e grupos portadores de marcas biológicas e culturais diferentes e, por isso mesmo, enriquecedoras. Ao educador popular caberá o investimento na criação de espaços de elaboração das perplexidades e angústias advindas do contato intercultural, denuncian do situações em que a diferença de poder entre os grupos e pessoas envolvidas transforme as trocas culturais em imposição.

Marcos Aurélio Santos Costa - Educador Popular

Read more...

Educação Popular no Ministério da Saúde

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A partir de 2003, passa a fazer parte da uma área técnica que torna os princípios teóricos, politicos e motodológicos acumulados e ainda a construção no campo da Educação Popularem Saúde, como orientadores de suas ações e de seu projeto político.
Em julho de 2005, o ministério passa por mudanças em sua gestão resultando na criação da Coordenação geral da apoio à Educação Popular e a Mobilização Social do Departamento de apoio a gestão participativa (DAGEP) da Secretaria de Gestão Estratégica e participativa (SGEP),mentendo os propósitos e a equipe que trabalha nas SGTES.
As duas Secretarias ambas inexistem na estrutura anterior do Ministério da Saúde, apresentam projetos políticos quem afirmam os princípios constitucionais do SUS, tendo por missão o desenvolvimento de ações com potencialidades de procar Mudanças na formação de trabalhadores, na gestão dos seviços , na qualidade da atenção e no controle social.
Os princípio políticos-pedagógicos da Educação Popular são tomadas como ferramentas de agenciamento para participação em defesa da vida e como estratégias para a mobilização social pelo direito à Saúde. O papel agenciador da Educação Popular se faz pelo pinçar e fomentar atitudes de participação no sentido de sempremudar realidades, tornandos vivas, criativas correspondentes ao desejo de uma vida mais feliz.
A educação Popular em Saúde, ao mobilizar autonomias individuais e coletivas, abre alteridade enter indivíduos e movimentos na luta por direitos, contribuindo para ampliação do significado dos direitos de cidadania e instituindo o crescimento e a mudança na vida cotidiana das problematizando a realidade tomada como referência, a Educação Popular mostra-se como um dispositivo e movimentos na luta por direitos, contribuindo para a ampliação do siginificado dos direitos de cidadania e instituíndo o crescimento e a mdança na vida cotidiana das pessoas.
A Educação Popular na Saúde, implica em atos pedagógicos que fazem com que as informações sobre Saúde dos grupos sociais contribuam para aumentara visibilidadesobre a sua incerçãohistórica, social e política eleva suas enunciação e reivindicações, conhecer territórios de subjetivação e projetar caminhos inventivos, prazeirosos e inclusivos.
As ações da Educação Popular em Saúde impulsionam movimentos voltados para a promoçãoda participação social no processo de formulação e gestão das políticas publicas de saúde direcionando-as para o cumprimento efetivo das diretrizes e dos princípios do SUS: universalidade, integralidade, equidade, descentralização, participação e controle social.
Educação Popular como processo e relações pedagógicas emergentes de cenários e vivências de aprendizagens que articulam as subjetividades coletivas e as relações de interaçãoque acontecem nos movimentos, implicando na aproximação entre agentes formais de saúde e população, diminuindo a distancia e a assistência que represente a intervençãopontual sobre a doença em um tempo e espaço determinados, e o cuidado, que significa o estabelecimento de relações intersubjetivas em tempo contínuo e espaço de negociação e inclusão dos saberes, dos desejos e das necessidades dos outros.

 Marcos Aurélio Santos Costa - Educador Popular

Read more...

Total de visualizações de página




  © Blogger template Noblarum by Ourblogtemplates.com 2009

Back to TOP